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Especialista em tecnologia da informação dá dicas para prevenir golpe de hackers no celular

Após uma cabeleira de Mogi das Cruzes ser vítima de uma nova modalidade de golpe, em que hackers invadem o aplicativo de mensagem e conversam com os contatos pedindo para fazerem uma transferência bancária, um especialista em tecnologia a informação dá dicas para não cair neste tipo de golpe.

O especialista em tecnologia da informação Júnior Siqueira explica que é um universo muito grande permitir acesso de aplicativos ao celular. “Não existe nada que prove que ele vai compartilhar apenas aquilo que estão habilitando. No caso dos aparelhos androids, que são mais abertos, tem toda a informação que está no cartão de memória”, alerta.

O especialista também alerta para algumas mensagens ou links que aparecem para as pessoas abrirem no celular ou computador.

“Quando a pessoa receber alguma mensagem de sms ou por outro aplicativo, é importante investigar, sim. Porque às vezes alguém confirma alguma mensagem o número pode estar sendo acessado por outra ferramenta”, ressalta Siqueira.

O caso

Segundo a cabeleireira Claudia Vogt, eles acessaram todos os contatos dela e dispararam a mesma mensagem a centenas de pessoas. “Eu fui mexer no celular e ele não entrava, só carregava. Dizia que tinha uma verificação de código, mas eu não entendia nada”, conta.

Amigos, familiares e clientes receberam o mesmo texto, em que os golpistas pedem pelo perfil dela uma ajuda e, em seguida, dizem que precisa fazer uma transferência para uma amiga que deu um problema, e pedem para fazer essa transferência.

O dinheiro seria devolvido no dia seguinte. Rapidamente a cabeleireira agiu por meio das redes sociais para alertar todos os contatos que tinham sido vítima de um golpe.

“Eu já fiz vídeos e postei no meu e no do salão, e fui postando e ligando para as pessoas pedindo para ligar para todo mundo e tentando recuperar o perfil. Ainda bem que ninguém depositou”, conta.

No mesmo dia foi registrado um boletim de ocorrência no 1º DP de Mogi das Cruzes, como estelionato. Apesar de ter alertado as autoridades, ela está assustada.

“Às vezes você envia um documento por celular, então eu fiquei assustada e vou me prevenir mais”, ressalta.

O delegado Argentino Coqueiro, responsável pelo caso em Mogi das Cruzes, disse por telefone que encaminhou o inquérito para uma delegacia da zona norte da capital porque os investigadores descobriram que a conta bancária de um dos suspeitos de aplicar o golpe é de uma agência de lá.

Fonte: G1